Não me interessam inovações de atendimento sem caixas nos supermercados. O que me interessa é comprar online e vender online sem ter de andar armado em merceeiro a pesar produtos por conta do desemprego que isso origina.
Atendimento sem caixas nem sequer é um atendimento. É uma maneira impessoal que não me traz nenhuma vantagem.
É na realidade uma maneira de rentabilizar o investimento do capital em imobiliário, indústria automóvel e indústrias petrolíferas, sem criar empregos e pondo as pessoas a servirem-se a si próprias.
O que eu preciso é de me ligar a internet, ter uma internet rápida, e encomendar online os produtos que me fazem falta.
O Jeff Bezos está a começar a mostrar à dita distribuição moderna o que é realmente modernizar o atendimento ao cliente.
Como consumidor eu quero selecionar os alimentos de que preciso e tê-los entregues à minha porta no dia seguinte sem ter de andar por aí a passear nas catedrais da distribuição pseudo moderna.
Nós precisamos de inovações que facilitem a vida das pessoas, que lhes dêem mais tempo livre e que evitem andar por aí a passear de automóvel e a correr riscos em vez de estarem em casa à espera que lhes entreguem as suas encomendas.
Temos realmente de mudar e criar uma sociedade diferente
Empresas que queiram ter futuro tem de vender pela internet e fazer entregas ao domicílio. Já tenho dito isto várias vezes. Poderão dizer que não paro de me repetir.
Vamos voltar a teimosia de querer fazer sempre as coisas da maneira convencional? Não temos criatividade para criar procedimentos novos? O Jeff Bezos tem.
O Jeff Bezos começou a vender livros. Atualmente vende de tudo. E neste momento está a desenvolver a distribuição de alimentos ao domicílio. E vai conseguir.
Empresas que queiram manter as suas catedrais imobiliárias para alugar lojas a empresários que nem sequer conseguem tirar a rentabilidade do seu negócio vão acordar tardiamente. Os empresários que estão a pagar rendas altíssimas em centros comerciais também precisam de acordar. Precisam de passar o seu negócio para o mundo online.
Além da Amazon, já existem empresas pequenas a entregar sapatos, camisas, calças, comida e até óculos graduados em casa do seu cliente.
Hoje no processo de compra, também chamado de jornada de compra, quando temos uma necessidade vamos à internet e pesquisamos pelo que precisamos. As primeiras 3 a 5 empresas a aparecer nos resultados de pesquisa são as que vão continuar a fazer negócios e a ter crescimento.
Na realidade, comprar online e vender online é essencial
Uma plataforma de comércio eletronico bem desenhada a pensar no consumidor final é que é inovação no atendimento ao cliente.
Não pensem que escrevo isto só porque sou especialista em marketing digital e vendas online. Estou aqui a falar como um consumidor que agarra no seu telemóvel e procura o que precisa no dia-a-dia, sem ter às vezes de sair da sua cama.
Já tenho sido acordado, de manhã cedo, pelo toque da campainha do distribuidor que vem trazer aquilo que eu compro na Amazon. E já não compro só livros. Compro tudo que preciso e que hoje está indisponível.
Apesar de eu gostar de ir comer a restaurantes, quando eu tiver possibilidades de comprar a minha alimentação através do mundo online eu vou deixar de ir gastar combustível, deixar de poluir o ambiente e deixar de incorrer em riscos de acidente que ponham em causa a minha integridade física e a minha saúde.
Não quero perder tempo com tarefas absurdas
Enquanto vou perder tempo para ir ao supermercado, eu posso aproveitar esse tempo para fazer outras coisas, nem que seja dormir.
Não me digam que as pessoas não sabem fazer compras online. As pessoas aprenderam a cuscar no Facebook e portanto também podem aprender a fazer compras online. As pessoas aprendem o que querem.
Existe também o problema da segurança. Algumas pessoas dizem que não cobram online porque não sabem a quem estão a fornecer o número do seu cartão de crédito. Existem maneiras seguras de comprar online nem que seja através de uma transferência bancária.
Agora entrar no espaço de atendimento sem caixas, tirar os produtos da prateleira, metê-los num saco e sair porta fora enquanto um sistema automático devido a minha conta bancária, inspira segurança?
O medo das novas tecnologias
Há muitas pessoas que não querem usar os cartões contactless com medo de serem roubadas.
Será que vai haver muita adesão para entrar em um espaço em que metem a mão na conta bancária para cobrar o que levaram num saco?
Temos de ser conservadores para manter aquilo que tem vantagens para as pessoas.
Mas temos que ser inovadores, verdadeiros inovadores, capazes de criar ruptura nos procedimentos desvantajosos actuais, para melhorar a vida das pessoas.
Obrigado por ter lido sobre a minha maneira de ver a evolução no atendimento.
Se concorda com esta perspectiva de melhorar o serviço ao cliente final, saiba como comprar online se é um consumidor e vender online se é um empresário.